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quinta-feira, 29 de março de 2012

Os Anabatistas e o Existencialismo

Os anabatistas são grande referencia de exemplo de como podemos avaliar para se começar uma experiencia de socialismo não estatal. De fato ao ser um movimento que ainda no tempo da Reforrma se levantou a negar a autoridade do estado e das hierarquias religiosas serviram já de grande inspiração para o criador do anarquismo como teoria politica Williiam Godwin como ele mesmo aponta. Os anabatistas então são uma grande referencia histórica de resistencia contra opressão tendo sido elogiada até por defensores do estado como Marx. Mas gostária de estender aqui que os anabatistas como revolta camponesa alem de serem referencias para experiencias socialistas se enquandrando como um anarquismo real infelizmente dizimado pelas forças opositoras da epoca, também compartilhavam dos mesmos pontos do que mais tarde viria a ser chamado na filosofia como existencialismo.
O existencialismo tendo sua origem como pensamento filosofico têm sua base em Kierkgaard que ao negar estetico, social e religioso propôem o esvaziamento da pessoa de seus moralismos possibilitando uma nova forma de se religar ao que seria a raiz de sua existencia.
Surpreendentemente, os anabatistas através de Münzer expressam esta mesma idéia "Quando percebemos a finidade humana, desgostamo-nos com a totalidade do mundo. E nos tornamos pobres de espírito. O homem é tomado pela ansiedade de sua existência de criatura e descobre que a coragem é impossível. Nesse momento ele deixa de resistir ao que se manifesta e ele é
transformado.” Igualmente como no existencialismo na experiencia anabatista a individualidade de cada um é resaltada uma vez que reforçam a idéia de que antes de uma salvação coletiva a salvação deve ser individual. Ao enfatizar a liberdade e individualidade de cada um em oposição a todas as formas de moralismos e aprisionamentos na mente, propondo assim um nascer de novo da mesma que ainda assim nos manteria nessa luta constante pela construção de um reino de liberdade, mostra que já no movimento anabatista continha dessa forma toda a base do pensamento existencialista.

Outras Fontes:
http://www.viapolitica.com.br/artigo_view.php?id_artigo=79

quinta-feira, 22 de março de 2012

Socialismo nasceu sem estado

Muitos advogam hoje sobre a impossibilidade do socialismo sem um estado ou algum outro centralismo. Outros só conseguem definir o socialismo como sistema estatal. E muitos ainda defendem o que o método de transição através do estado é o único aceitável porque seria o único "científico". Mas estudando a origem do socialismo em si vemos que o mesmo não se baseou em experiencias estatais. Pois bem, anterior a própria expressão "socialismo" temos a experiencia dos anabatistas. Em 1525 os Anabatistas foram um dos grupos a tentar experiencias para se acabar com as hierarquias de um meio. Advindos do tempo da reforma protestante, enquanto todas os grupos da época absorviam e reproduziam o capitalismo ou os moldes do que estaria se tornando o que mais tarde viria a ser chamado de capitalismo. Eles ao se inspirarem na experiencia descrita em atos dos apóstolos resolveram voluntariamente abolir as posses privadas entre eles tornando a maior parte dos bens como coletivos. Diria então um teórico moderno que necessitaria então de um órgão central planejador? Nada disso, era tudo voluntario, na base do voluntarismo e as pessoas se agregavam porque tinham vontade. Outra característica interessante  dessa experiencia pré-socialista é que eles negavam toda a autoridade, seja eclesial, seja dos reis e príncipes, seja do clero ou da nobreza. Não a toa era formada em sua maior parte pelos camponeses. Essa entre muitas outras experiencias posteriores deram origem a noção do que mais tarde seria chamado de socialismo e grande parte relegado hoje como utópico (a maioria das vezes até mesmo por rejeitar a ideia de estado ou outro órgão central)
Muitos responderiam então se essa forma de socialismo dá tão certo porque não existe até hoje? Simplesmente porque os católicos e protestantes assim como também os reis da época se sentindo ameaçados por esse sistema que subvertia a ordem negando o acumulo de riquezas e a obediência as autoridades os massacraram e dizimaram militarmente. Assim não se teve nenhum colapso nem divergência interna que levou ao fim do grupo e sim uma intrusão externa violenta de forma esmagadora.


Se temos que desconsiderar alguma forma de socialismo é justamente a estatal que ao recorrer ao estado acaba mesmo que involuntariamente impondo uma hierarquia e submissão, princípios totalmente opostos a qualquer ideia mais primaria do próprio socialismo.

terça-feira, 20 de março de 2012

"Saúde patriarcal"

                        
                                       " Saúde patriarcal"

    Infelizmente a cena política no Brasil ,ainda é de carácter conservador,mesmo tendo uma presidenta no poder a mesma não contribui para mudar os valores que mantêm a desigualdade entre homens e mulheres .não adianta haver institucionalização se as medidas políticas adotadas são extremamente machistas ,desrespeitando o direito de escolha e as possibilidades para as mulheres .
   As campanhas de Saúde publica para mulheres ,como o combate ao câncer de mama e colo de útero,não tirando sua devida importância mas reduz a saúde da mulher à condição de parideira .
   Sendo que ,infartos e doenças cardiovasculares são as doenças que mais matam mulheres,e não são alvos de políticas públicas.Isso é um caso de saúde publíca sério a ser resolvido,mas,primeiramente é preciso compreender que as mulhers não estão no mundo apenas para serem mães ,como gritam aos ventos os conservadores ,mas para ser quem elas desejarem ser .
   A mulher deve cuidar de sua saúde como um todo ,e não seguir esse modelo que associa a mulher apenas à maternidade ,cuidando apenas dos orgãos reprodutivos ;(que a maioria das mulheres e jovens de vida sexual ativa não reconhecem ,por falta de uma política de educação sexual em escolas ).
   A legalização ou descriminalização do aborto é outro tema que sempre está em pauta pelas mulheres que lutam pelos seus direitos .Lembrando que, a gravidez não deve ser encarada como castigo para uma mulher por ser sexualmente ativa ,a maternidade é um direito,e não uma obrigação .Por isso a criminalização do aborto interfere nas decisões das mulheres sobre seus corpos ,incentivando abortos clandestinos e gerando uma carneficina para as mulhers pobres .
   Descriminalizando o aborto implica apenas em retirar do código penal os art. 124 a 128,que tipificam o aborto.Legalizando,ações maiores por conta do governo seriam necessárias como consultas,exames e procedimentos necessários para a interrupção voluntária da gravidez de forma segura ,mas sabemos que isso não vai acontecer tão cedo em um país que a saúde pública anda a beira de um colapso ,álias não anda as filas são interminaveís e milhares de pessoas morrem em uma fila de hospital.È muito triste que o aborto seja tratado de forma tão conservadora ,pois essa é uma grande causa de morte de mulhers no Brasil resultado direto da desigualdade.È horrivel ver que as mulhers usam seu espaço político para idolatrar esse modelo de feminilidade direcionado apenas na maternidade e em cuidados familiares ,ignorando completamente outros fatores.
       Sim nós mulheres somos fortes,mas não somos fortes @penas por que temos capacidade de gerar outra vida ,somos fortes porque trabalhamos nas ruas ,trabalhamos em casa ,resistimos e lutamos contra o machismo,a violência a opressão, muitas são pai e mãe ao mesmo tempo,por isso somos fortes !
   MULHER VAMOS NOS UNIR PARA DIMINUIR A DESIGUALDADE DE GÊNERO!!!!!!


segunda-feira, 19 de março de 2012

PRAZER E MEDO


                                      PRAZER E MEDO
As grandes mídias estão cada vez mais sensacionalistas aproveitam esse mecanismo para expor as grandes "mazelas sociais ".
O que seria dessa mídia capitalista se o medo não existisse ? eles abusam de estímulos estéticos ,exibindo cenas fortes,cenas drámaticas ,cenas violentas ,trazendo um impacto ambíguo:ao mesmo tempo que geram repulsa,geram o desejo de contemplação do circo de horror.
Da mesma maneira que um acidente desperta a curiosidade em um indivíduo ,que esteja próximo ao local desse acontecimento,assim também acontece quando os desastres são transpostos pela televisão.
Cenas de conflitos entre policiais e criminosos,cenas de morte de um indivíduo,ou ainda aquelas gravações "secretas " sobre vendas de drogas por traficantes na sua maioria menores ,catástrofes ambientais,em todas essas cituações citadas ,há no telespectador o surgimento da repulsa ,o horror,a tristeza,mas também o deleite secreto pela chance de ver confortavelmente na poltrona em um dia de "domingo" a destruição humana em múltiplas facetas .

sexta-feira, 16 de março de 2012

O Estado como um deus

Bem já diziam alguns filósofos que Deus morreu. Mas não qualquer deus, sim o deus usado como muleta. Antigamente se o povo padecia de alguma doença a culpa era de Deus e se não havia tratamento também. Se queríamos resolver o problema da miséria, da pobreza e da desigualdade tínhamos que pedir  a ajuda de um deus, sentar e esperar. Esse conceito de Deus foi usado também para justificar o acumulo de riquezas, afinal pras pessoas daquele tempo se haviam ricos e pobres é pq Deus quis assim e esse é o certo. Assim o deus de tais crenças não era simplesmente um criador ou um amigo nem nada disso e sim um manipulador da vida que deixava as pessoas presas a sua vontade. Não foi meu objetivo aqui atacar todos que acreditam num deus uma vês que sei que nem todos acreditam em Deus acreditam nesse deus, assim como sei que existem pessoas que acreditam num que dá liberdade a humanidade e as deixa com suas consequências. Mas é fato que esse foi um pensamento predominante por muito tempo que ajudou a Igreja institucional de certa maneira a escravizar o povo, uma vez que ela era pra maioria das pessoas da época a soberana representante de Deus na terra e punia quem ousasse desobedece la. A igreja representava então um poder controlador do povo. Precisamente hoje é o Estado que representa esse poder, o Estado é o novo deusmuleta. Todos tem que obedecer tudo o que o Estado impõe do contrario serão punidos, temos que pagar tributos e "ofertas" ao estado. E pra acabar com o problema da miséria? Da pobreza? da saúde? Pelo senso comum devemos recorrer ao estado, se existem ricos e pobres? Uns justificam que é o natural das coisas afinal é o justo perante a lei do estado, outros recorrem dizendo que o estado que deve solucionar esse problema. O estado no diz o que devemos fazer e se o desobedecemos? Ah, se diz que merecemos nossa sentença, afinal o Estado sabe tudo né? Ou todas as soluções estão nele, aos poucos e cada vez mais o Estado vai se tornando uma especie de Deus moderno, que sabe tudo, pode resolver tudo, é onipotente, onisciente e nosso guardião. Só que tal qual a Igreja institucional que dominou em grande parte do passado, o estado é formado por homens que não sabem de tudo da via de todos (alguém pode saber?), não pode resolver todos esses problemas (alem de causar a maior parte deles), não está apto a criar leis  especificas para organização social de cada individuo e muito menos deve nos obrigar a obedece-lo. Os idealistas românticos alemães que, no começo do século XIX, glorificaram o estado como "Deus na história" também parecem ter a sua dívida para com a filosofia do Contrato social. Das doutrinas rousseaunia-nas da onipotência legal do estado e de que a verdadeira liberdade consiste na submissão à vontade geral não era difícil passar à exaltação do Estado como um objeto de culto e à redução do indivíduo ao papel de um simples dente na engrenagem política. Embora Rousseau tivesse sugerido que a maioria ficaria submetida a restrições morais e insistido no direito do povo a "derrubar" o governo, isso não bastava para contrabalancear os efeitos da importância conferida à soberania absoluta. Temos assim um Estado que se coloca como Deus e tenta moldar a nossa mente a força, como eu já disse certa vez qualquer Deus que não me queira livre e não respeite minha liberdade mas age apenas de imposições e barganhas é meu inimigo. o Estado igualmente e pelos mesmos motivos é meu inimigo.
Snow Pantra Queer

sexta-feira, 9 de março de 2012

Capitalismo como religião


Quero aqui tratar um  outro aspecto do capitalismo. O capitalismo como religião. Para justificar meus pontos recorro principalmente aos textos do sociologo Walter Benjamim que aponta como o capitalismo de certa forma é ou se tornou religião e é uma religião puramente cultural. Uma caracteristica que ele aponta por exemplo é seu culto, o capitalismo não é uma religião expiatoria apesar de conter toda uma ritualistica, pelo mesmo motivo não vêm a ser uma religião no conceito de conter dogmas. Ao contrario o capitalismo se concentra na culpa, a culpa é o que move o capitalismo, dessa forma e a culpa assim assumida não se objetiva por querer expiar nada mas sim sacralizar essa culpa. O capitalismo tanbem como religião mantêm seu culto constante uma vez que nessa religião não há dias sagrados, todos os dias o são para o motor do mesmo. O objéto de culto do capitalismo tanbem assim com um Deus deve se manter oculto, mas é reproduzido a cada papel moeda de cada nação como seu represantante. O papel moeda emitido por cada estado então seria a representação do que é o simbolo maximo do culto capitalista. As proprias religiões do tempo da reforma não favoreceram o surgimento do capitalismo como aponta Weber mas sim foram absorvidas pelo culto capitalista, construiram toda sua teologia de modo a justifica-lo. A ritualistica do capitalismo se concentra então no trabalho para receber o objeto de culto e na acumulação do mesmo para o enriquecimento (salvação inalcanssavel uma vez que nunca se tem dinheiro suficiente) ou no proprio gastar do mesmo que viria satisfazer momentaneamente nossa culpa nos possibilitando de certa forma resistir a pressão. A vida então concentrada no consumo ou na acumulação de riquezas passa então a se tornar o principal no constuir da cosnciencia de muitos. Isso tudo então nós faz querer reforçar a dignidade do trabalho tanbem como meio de sacraliza-lo. Todos esse elementos assim constituiriam a sintese da religião capitalista, o culto, o trabalho, o consumo e/ou acumulo das riquezas. Qualquer um que fuja então da sacralização de tal ritual é tachado louco/comunista/preguiçoso/irresponsavel e assim para tais religiosos merece sua condenação.
Snow Pantra Queer



algumas fontes: http://questionandoodireito.blogspot.com/2011/11/capitalismo-como-religiao.html

sexta-feira, 2 de março de 2012

Religião, uma forma de controle


Muitos teistas religiosos vêm a se opor aos anarquistas e/ou aos existencialistas por acreditarem que todos nós somos contra qualquer pessoa que acredite em qualquer conceito de Deus. Sem duvida aos que acreditam em um Deus opressor que se relaciona com as pessoas como donos de escravos ou como lider maximo e não como uma amigo proximo ou um ser distante irei combater vêementemente tal ideia. Qualquer Deus que venha a nos impor qualquer regra consequentemente vai contra minha liberdade é meu inimigo. Porem é bem verdade que a crença em um Deus não precisa necessariamente carregar essas caracteristicas como os proprios fudadores de tais pensamentos libertários expressaram.
Porem é fato que todos os existencialistas ou anarquistas que eram a abertos a crença em Deus eram contra as religiões. Porque? Pois entendam, o siginificado de "Religião" vêm de religar que significa se ligar de novo a Deus. A religião então seria um conjunto de regras, preceitos ou morais que te ligariam de volta a Deus. Assim as igrejas cristãs institucionais de hoje por exemplo pregam que podemos nos religar a Deus com dizimos ou outras sacrificios materiais, a igreja medieval pregava a salvação claramente por meio de obras, algumas vertences do budismo pregam o caminho pra iluminação através de uma purificação interior atravês do isolamento. Enfim a caracteristica da religião é então impor alguma coisa (algum sacrificio, algum caminho que você tenha que percorrer, algo a ser conquistado) para te religar a Deus. Se você não fizer o que foi pré-determiniado pelos fundadores dessa religião sua comunhão com esse Deus é negada. Essa é uma forma de dominação bem sutil, através desse mecanismo se cria toda uma rede de moralismos que dominaram a mente de tais religiosos. É abertamente uma maneira de fazer com que as pessoas façam o que você quer ou sigam a moral que vocês desejam. Mas isso não por um impulsso voluntario ou individual, mas por uma obrigação, uma troca na qual você barganha ou com um Deus tirano que te obriga a fazer as vontades dele ou um Deus capitalista mercantil que impôem valores. E mesmo as religiões descrentes em Deus mas que tanbem impoem obras, morais ou caminhos para se alcanssar uma iluminação ou salvação são igualmente opressoras. O proprio deismo quando reduzido a um moralismo como por exemplo no caso de Tolstoi (não me entendam mal, no campo da politica Tolstoi foi um cara fantastico, mas no sentido filosofico não passava de um moralista) se torna uma forma de dominação. Você passa a fazer as coisas não porque vêm da sua voluntariedade ou pq acha preciso mas pelo conjunto de valores que lhe foram impostos a serem seguidos.
Assim vejo problema na Religião sim que deve ser combatida, por mais que seu Deus seja humanista ou biocentrico. Se ele te impoem qualquer condição pra se ligar a ele não é um Deus libertário que te respeite como individuo. Assim faço apelo aos teistas que antes de julgar a nós anticlericais simplesmente como um repudiadores gratuitos de suas crenças, examinem vocês mesmos suas consciências para verem se o seu Deus é mesmo tão libertador como pregam. Se como o Deus que os primeiros socialistas e anarquistas acreiditavam não impoem nenhuma condição para se salvar e se aproximar dele e igualmente respeita aqueles que o rejeitam não os obrigando a se religar com ele tanbem não há motivo algum para expressar isso como uma religião, do contrario acredito infelizmente que você é mais um gado util a ser manipulado pelos interresses de terceiros.
Snow Pantra Queer