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sexta-feira, 16 de março de 2012

O Estado como um deus

Bem já diziam alguns filósofos que Deus morreu. Mas não qualquer deus, sim o deus usado como muleta. Antigamente se o povo padecia de alguma doença a culpa era de Deus e se não havia tratamento também. Se queríamos resolver o problema da miséria, da pobreza e da desigualdade tínhamos que pedir  a ajuda de um deus, sentar e esperar. Esse conceito de Deus foi usado também para justificar o acumulo de riquezas, afinal pras pessoas daquele tempo se haviam ricos e pobres é pq Deus quis assim e esse é o certo. Assim o deus de tais crenças não era simplesmente um criador ou um amigo nem nada disso e sim um manipulador da vida que deixava as pessoas presas a sua vontade. Não foi meu objetivo aqui atacar todos que acreditam num deus uma vês que sei que nem todos acreditam em Deus acreditam nesse deus, assim como sei que existem pessoas que acreditam num que dá liberdade a humanidade e as deixa com suas consequências. Mas é fato que esse foi um pensamento predominante por muito tempo que ajudou a Igreja institucional de certa maneira a escravizar o povo, uma vez que ela era pra maioria das pessoas da época a soberana representante de Deus na terra e punia quem ousasse desobedece la. A igreja representava então um poder controlador do povo. Precisamente hoje é o Estado que representa esse poder, o Estado é o novo deusmuleta. Todos tem que obedecer tudo o que o Estado impõe do contrario serão punidos, temos que pagar tributos e "ofertas" ao estado. E pra acabar com o problema da miséria? Da pobreza? da saúde? Pelo senso comum devemos recorrer ao estado, se existem ricos e pobres? Uns justificam que é o natural das coisas afinal é o justo perante a lei do estado, outros recorrem dizendo que o estado que deve solucionar esse problema. O estado no diz o que devemos fazer e se o desobedecemos? Ah, se diz que merecemos nossa sentença, afinal o Estado sabe tudo né? Ou todas as soluções estão nele, aos poucos e cada vez mais o Estado vai se tornando uma especie de Deus moderno, que sabe tudo, pode resolver tudo, é onipotente, onisciente e nosso guardião. Só que tal qual a Igreja institucional que dominou em grande parte do passado, o estado é formado por homens que não sabem de tudo da via de todos (alguém pode saber?), não pode resolver todos esses problemas (alem de causar a maior parte deles), não está apto a criar leis  especificas para organização social de cada individuo e muito menos deve nos obrigar a obedece-lo. Os idealistas românticos alemães que, no começo do século XIX, glorificaram o estado como "Deus na história" também parecem ter a sua dívida para com a filosofia do Contrato social. Das doutrinas rousseaunia-nas da onipotência legal do estado e de que a verdadeira liberdade consiste na submissão à vontade geral não era difícil passar à exaltação do Estado como um objeto de culto e à redução do indivíduo ao papel de um simples dente na engrenagem política. Embora Rousseau tivesse sugerido que a maioria ficaria submetida a restrições morais e insistido no direito do povo a "derrubar" o governo, isso não bastava para contrabalancear os efeitos da importância conferida à soberania absoluta. Temos assim um Estado que se coloca como Deus e tenta moldar a nossa mente a força, como eu já disse certa vez qualquer Deus que não me queira livre e não respeite minha liberdade mas age apenas de imposições e barganhas é meu inimigo. o Estado igualmente e pelos mesmos motivos é meu inimigo.
Snow Pantra Queer

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